COMO PRÁTICA DE VIDA: Histórias que vendem produtos, serviços e conceitos
Já tentou fazer uma limpeza rápida na famosa gaveta de entulho e se viu por horas lidando com aqueles poucos centímetros quadrados?
Apego às coisas? Não, apego às histórias das coisas. Porque não é só um pedaço de fita: é a fita vermelha de cetim que envolveu a caixa com as alianças que vocês trocaram há sete anos, depois que terminaram a casa. Não é só uma rolha: é a rolha da espumante para brindar a promoção no trabalho, quando você concluiu o exaustivo MBA. Não é só um lápis verde: é o lápis com o qual seu filho escreveu, pela primeira vez, o próprio nome.
Essa é a potência de uma história: gerar apego ou, como preferimos, vínculo.
Mas isso só acontece, claro, se essa história vier à tona. Uma pessoa que não soubesse dos detalhes que envolvem a fita vermelha simplesmente a descartaria sem pensar.
E isso pode acontecer com objetos e fatos, com dados e currículos, com negócios e marcas. É que não basta saber “o quê”; temos necessidade de acessar o “porquê” e o “como” para dar sentido, em última análise, à vida.
É aí que entra o storytelling, uma estratégia essencial no marketing de conteúdo, que torna a mensagem impactante para o público, engajando quem está do outro lado. Isso possibilita a conquista de um dos recursos mais escassos: a atenção.
Mas será que todo fato é uma história com potencial de gerar tal conexão? Storytelling faz milagre? Adiantamos que não. O storytelling possibilita que você estruture uma narrativa poderosa, tornando-a ainda mais eficaz no engajamento do público.
A história que fica na memória, cria conexão e gera ação tem:
Personagem: não existe história sem personagem. Esse personagem pode ser você, um cachorro, um carro, uma maçã.
Desejo: a história começa quando o personagem passa a desejar algo que provoque uma ação.
Desafio: a ação necessária exige que o personagem supere obstáculos.
Novidade: o processo para vencer obstáculos gera transformação com superação.
Emoção: nada nos torna mais humanos que a emoção, e emoção conecta. Sem emoção, não há storytelling, não há história que gere interesse.
Mas storytelling cabe em todo lugar?
Com o domínio dessa ferramenta, você vai perceber que ela funciona muito bem em diversos contextos, seja no universo profissional, como no marketing digital, na comunicação corporativa e na publicidade, seja, acredite, na vida pessoal.
No ambiente corporativo, por exemplo, o storytelling pode transformar uma apresentação monótona em uma narrativa cativante. Em vez de explicar um projeto complexo com dados técnicos, começar com um caso real que ilustre o problema e como a jornada pela busca da sua solução fez a diferença não só facilita o entendimento, mas também cria um vínculo emocional com a audiência.
No dia a dia, essa técnica é igualmente valiosa. Com os filhos, dividir experiências pessoais, sonhos e anseios pode ser mais eficaz do que simplesmente dar ordens.
Com amigos, compartilhar vivências autênticas gera empatia, fortalecendo laços.
E, em uma negociação, saber construir uma narrativa que mostre os benefícios reais para o outro lado, mesmo com os desafios, pode ser o diferencial entre fechar ou perder um acordo.
Como aplicar o storytelling na prática?
Seja autêntico: histórias reais e pessoais ressoam mais. Compartilhe experiências que tenham significado para você.
Estruture sua narrativa: toda boa história tem um início (contexto), meio (desafio) e fim (solução ou aprendizado). Isso ajuda a manter o interesse e a clareza.
Adapte-se ao público: conheça quem está ouvindo e ajuste sua linguagem e tom para criar identificação.
A comunicação eficaz gera conexão autêntica. E o storytelling é a ponte que une clareza e emoção, transformando mensagens em experiências memoráveis. É, portanto, um recurso fundamental seja na comunicação com seu público interno, com seus clientes, com as pessoas que são importantes para você.
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